Passado o susto inicial da pandemia do novo coronavírus e as adaptações que foram necessárias para as empresas, outro assunto passa a ocupar o destaque na agenda executiva: a Lei Geral de Proteção de Dados, que deve ser sancionada nas próximas três semanas pelo presidente.

Isso significa que as empresas precisam correr com seus projetos, visto a complexidade do processo de adequação à LGPD.

Até por uma questão cultural, os brasileiros costumam deixar seus afazeres para última hora ou, em casos mais extremos, apostar com a sorte ao não fazê-los. Mas, neste caso, o descumprimento das normativas da LGPD pode resultar numa multa de 2% do faturamento da empresa como um todo.

Washington Fray, diretor de marketing e vendas da Viceri, holding de Tecnologia da Informação especializada em desenvolvimento de software customizado, consultoria e produtos digitais, preparou dicas especiais para quem não sabe por onde começar as adequações. Confira!

Passo a passo para adequação

Para quem não começou a se preparar, o ponto de partida é o mapeamento de todos os dados armazenados pela organização. O processo pode ocorrer por meio de planilhas, entre outros.

Neste momento, é necessário a realização de uma categorização, separando os dados pessoais daqueles que são sensíveis para analisar qual informação é preciso manter e qual deverá ser descartada – aquelas que não fazem sentido manter – e onde armazená-la, do ponto de vista da segurança da informação.

Nesta linha, o segundo passo é mapear as pessoas que têm acesso a essas informações. Isso porque, além de blindar a empresa, é necessário assegurar aqueles que precisarão manipular essas informações, criando uma barreira. Aqui, se torna necessário o uso de tecnologia, tanto para detecção quanto para a prevenção e combate das vulnerabilidades.

No terceiro passo, caímos na segurança da informação. E essa é a chave do processo de adaptação das empresas à LGPD. É preciso criar uma sequência de projetos para adequação, criptografia de dados e acesso seguro ao sistema, que envolve a complexidade das senhas de acordo com o perfil do usuário, além da limitação de informações armazenadas em banco de dados e a segurança de servidores.

Este quesito merece uma atenção especial, pois além do acesso, temos a questão do vazamento de informações, ou seja, a infraestrutura precisa estar controlada.

Isso porque, sua rede pode estar exposta para todos. Tome o momento que estamos como exemplo, o qual, com a adoção do home office às pressas, tornou vulnerável os ambientes corporativos, que estão sendo acessados remotamente, tornando-o cada vez mais exposto e explorado pelos hackers. Portanto, as empresas que já estavam mais preocupadas com a segurança, estão, consequentemente, mais preparadas às normativas da Lei.

Por último, e tão importante quanto aos demais passos, está a nomeação do profissional que assumirá o papel de DPO (Data Protection Officer), cargo criado pela LGPD. Ele deverá acompanhar as etapas do processo de adequação do ponto de vista tecnológico e jurídico, pois será o representante da empresa perante à Lei.

Mudanças comportamentáis

Somado aos dois aspectos que cabem o acompanhamento do DPO, temos uma terceira vertente, que são as questões culturais. Neste aspecto, serão necessárias mudanças na mentalidade dos colaboradores sobre a seriedade e a gravidade no compartilhamento de informações de cadastros e controles de acesso.

Por isso, é de extrema importância orientar as pessoas sobre como lidar com o tratamento de dados a partir da Lei, pois de nada adianta realizar todo um investimento de infraestrutura se os funcionários compartilham entre si suas senhas.

Além dos colaboradores, há os fornecedores e parceiros, agentes que também precisam estar em compliance com a LGPD. Para isso, cabe adicionar uma cláusula no contrato sobre os cumprimentos da Lei.

Nas demais etapas, ainda é preciso criar um relatório de adequação de riscos, o que demandará um plano de ação em caso de vazamento de informações.

O importante é ter em mente que, pelas numerosas etapas, há urgência. O tempo é curto para adequar seus processos à LGPD do ponto de vista jurídico, tecnológico e cultural. As empresas têm poucos meses para conquistarem sua maturidade neste processo e evitarem a exposição à Lei e suas consequências.

Todo empreendedor quer saber quanto vale sua empresa, para isto, existe um método chamado Valuation.

O termo em inglês – valuation – tem tradução para ‘Avaliação de Empresas’, e é muito utilizado para calcular o valor de um empreendimento.

Para entender mais sobre o método e como calcular o valor de sua empresa, continue acompanhando este artigo.

O que é Valuation?

Valuation é o processo de estimativa de quanto vale uma empresa, ou seja, é um método financeiro que determina o valor de um negócio.

Seja para a adição de novos sócios, aquisição, determinação de preço justo ou do retorno de investimento esperado em suas ações.

Portanto, a Valuation é um método que serve para atribuir valor justo de mercado para as empresas.

É preciso estar atento, pois, o resultado da valuation dependerá da percepção do mercado.

Portanto, se a empresa for de pequeno porte, haverá maiores oscilações, por não ter tanta solidez.

Em empresas que existem há pouco tempo, o processo de Valuation deve ser mais cauteloso.

Já as empresas com maior tempo de mercado, possuem consolidação, seja com produtos ou serviços, por isso, é mais fácil calcular seu valor.

Porque o Valuation é importante?

O Valuation da empresa é importante para o que? Primeiro de tudo, o método é um conjunto de técnicas, utilizado para a gestão do negócio.

Exemplo: O mercado financeiro utiliza a Valuation para avaliação de preços de ativos, para saber se deve ou não investir na empresa.

O empresário consegue avaliar o próprio negócio por uma perspectiva econômica e valiosa.

Ele saberá onde investir, como investir e quanto deve ser investido, além de conseguir verificar o crescimento de todo o negócio.

Portanto, se você deseja avaliar seu negócio para saber qual o valor de sua empresa ou quer saber se algum negócio é viável financeiramente para se investir, o Valuation é o caminho para isto.

Tipos de Valuation

Existe no mercado alguns tipos de Valuation: Fluxo de Caixa Descontado, Contábil, Liquidação e Múltiplos de Mercado. Confira os 4 tipos a seguir:

Fluxo de Caixa Descontado

O Método DFC ou Fluxo de Caixa Descontado, é o mais utilizado no mundo empresarial.

Este método consiste em lançar fluxos de caixa futuros para assim, ser aplicada uma taxa de desconto e chegar ao valor da empresa.

Contábil

O Valuation Contábil considera o valor registrado do Balanço Patrimonial da empresa, ou seja, considera toda a contabilidade da mesma.

É um método pouco vantajoso e atrativo para empresas do tipo startups por exemplo, que buscam o crescimento por meio de ativos intangíveis.

Liquidação

O Valuation Liquidação é utilizado, geralmente, quando a empresa está encerrando suas atividades.

Portanto, neste método é levado em conta o quanto a empresa poderia conseguir, em curto prazo, nos ativos tangíveis.

Múltiplos de Mercado

O Valuation Múltiplos de Mercado é um método que consiste em encontrar indicadores de negócios de um mesmo setor e assim, relacionar ao seu preço de mercado.

Geralmente, são utilizados fatores de faturamento ou lucro, porém, empresas em etapas distintas, possuem rentabilidades distintas.

Este método, é muito utilizado para o sustento do método DFC – Discounted Cash Flow -, que é o Fluxo de Caixa Descontado.

Como calcular o Valuation?

Existem algumas formas para calcular o valor de uma empresa, ou seja, o Valuation do negócio.

O método mais utilizado é o de Fluxo de Caixa Descontado, entenda como fazer este cálculo a seguir:

Projete o valor aproximado do Fluxo de Caixa

Esta previsão é baseada em dados anteriores, de valores de despesas e receitas geradas pela empresa no futuro.

O certo é projetar o fluxo de caixa para os próximos 5 a 10 anos da empresa, para que assim, a estabilidade futura da empresa seja planejada.

Soma-se o que será recebido e subtrai o que será gasto.

Definição da Taxa de Desconto

Este passo deve ter atenção redobrada, pois, a taxa de Desconto é a parte mais complicada no Valuation, porque desvaloriza o fluxo financeiro, por ser uma taxa incerta.

Além disso, explana a perda do investidor que conta com este tipo de fluxo de caixa, ao invés de contar com rendimentos mais seguros.

É importante que a taxa de desconto esteja acima da taxa SELIC, que é a taxa básica da economia do Brasil.

Trazendo a valor presente

Com o resultado dos cálculos anteriores, é hora de trazê-los a valor presente. Quando somados, é encontrado o valor da empresa.

Lembre-se de ter o acompanhamento de um profissional financeiro e contábil, assim, esse tipo de processo é feito de forma segura e certeira.